terça-feira, 21 de agosto de 2012

CATAR CAVACO


Outro dia,estava caminhando pela rua quando...CATABUMBA ! Um tropeção me fez andar,quase que involuntariamente,alguns metros à frente. E,pra completar,fiquei com a face pertinho do chão. UFA ! Por pouco ! Dessa vez me segurei,não caí. Mas espera um pouco...eu falei “me fez andar “ ? Que andar? Aquilo foi praticamente um voo ! E quando me estabilizei e voltei (aí sim !) a andar, me pus a pensar no ridículo dessa situação que,todo mundo, pelo menos uma vez, já passou : o clássico “catar cavaco”. Catar cavaco nada mais  é do que o nome dado a essa espécie de voo esdrúxulo a que a gente se submete imediatamente após tropeçar. Não,nem todos os tropeções levam a isso,mas na grande maioria dos casos, dependendo das circunstâncias,sim...E a gente fica naquele “cai-não-cai”,toca o pé no chão,volta a tirar,alternando-os,numa velocidade imprecisa,mas que de qualquer forma torna muito difícil a reestabilização completa do corpo. O resultado é : ou um tombo,normalmente espetaculoso, que promove um misto de diversão e pena aos que assistiram ,ou somente gera um susto do “quase caí”. A gente se mantém de pé,mas não menos constrangido. Olha ao redor e vê risos contidos e rostos te contemplando como se nunca tivessem passado por isso. Duvido ! Porém,o jeito é retomar a postura e seguir seu rumo ,mesmo sem graça.
O pior do “catar cavaco” é a angústia de não saber se vamos cair ou não. Enquanto estamos ali, vivendo nosso estranho “voo”, naqueles segundos que parecem uma eternidade, o que mais incomoda é o desfecho. Incrível como em tão pouco tempo,passam-se tantas coisas pela cabeça : “Meu Deus,vou me espatifar!” ; “ Caramba,vou dar com a cara no chãooo!”; “ Que mico !” ; “ Vou cair,não vou,vou cair,não vou...” ; “ Já era !” . A variedade de pensamentos é grande . E acho que é muito raro alguém sustentar apenas um desses. E o engraçado (mesmo !) é que,caindo ou não, você demora um pouco a pensar normalmente de novo,depois de concluída a desventura. Somos tomados por um “branco “ na mente,seguido por um instantâneo “onde estou ?” . Depois disso sim,você se dá conta do que houve e do ridículo que passou . E o diabo é que comumente nos preocupamos mais com os outros do que com nós mesmos. Não importa se você torceu o pé,fraturou o punho ou ralou o joelho. Não ! Isso fica pra depois ! O importante naquele momento é reparar o impacto que o seu tombo (ou não-tombo) causou. Alguns levantam-se rápido (“que foi,nunca viu ninguém cair ?”) . Outros ficam um tempo esparramados ou de quatro no chão (“olhem pra mim ! Eu caí!” ou  “não tenho coragem de sair daqui!” ).  Ou mesmo quando não se cai, a importância maior ainda assim, é dado aos que nos cercam, pois fazemos uma estranha questão de olhar à nossa volta como que “caçando”  aqueles semblantes de decepção nas pessoas que ficaram desapontadas porque você não caiu...
Então,pensando nesse assunto,vou lançar,a partir da situação grotesca que é “catar cavaco” uma campanha de autovalorização . Quando isso lhe acontecer, pense em si ! Veja se está tudo bem consigo,se por acaso se machucou,se ficou tonto,se rasgou a roupa...O que os outros pensam,você não tem nada com isso. Afinal,como diziam os antigos : “araruta tem seu dia de mingau”. E se você foi hoje o ator principal dessa cena patética e hilária,pense que amanhã poderá ser o espectador do infortúnio alheio. E que também vai ter vontade de rir...


ORGULHO DE UMA ESCOLHA


Eu só queria deixar registrado o meu orgulho de ser vascaína. Só isso. Só? Isso pode parecer pouco mas não é. Eu realmente sinto-me muito feliz tendo escolhido esse time para ser o do meu coração. Tudo bem,tudo começou com meu pai,mas se eu não quisesse continuar com isso,não teria levado adiante. Porém o Vasco da Gama me conquistou. Lembro-me criança no Maracanã no meio da torcida ,aquele clima me envolvia e foi fundamental por eu ter continuado por optar pela cruz de malta. Hoje o Vasco faz 114 anos e por isso estou falando sobre ele. E sobre a opção de ser vascaína. Aprecio sempre,em tudo na vida,a liberdade de escolha. De time de futebol,de religião,de estilo musical, de jeito de se vestir e tantas outras coisas.E ninguém é melhor que ninguém pelo fato de ter escolhido isso ou aquilo. Bom,tem gente que acha que é,mas por essas pessoas eu só lamento...um dia elas serão devoradas pelos seus próprios egos...Respeito é fundamental. Chalaças são normais.  Rivalidade faz parte do jogo,faz parte da vida. Um dia se perde,outro se ganha é sempre assim.Se não houvesse rivalidade não teria a menor graça. O que não tem a menos graça é violência , ignorância, falta de respeito. Portanto, parabéns Vasco e a todos vascaínos. E para todos os torcedores de todos os outros times,um grande abraço para vocês !

“Não digo que sou um vascaíno doente ,pois doente é quem não é vascaíno” (Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 19 de agosto de 2012

DELÍRIO PREVIDENTE


Normalmente escrevo textos baseados em minhas vivências ou no que penso e sinto. Outras vezes,simplesmente são produtos da minha imaginação sem base na realidade ou fundamentados em sonhos que tive ou delírios de minha mente. Pode ser também uma mistura de tudo isso. Como foi num texto que escrevi a meses atrás,mas que agora me deixou muito impressionada. Pois na época o escrevi despretenciosamente,mas agora encaixa perfeitamente pra mim ! Ele é (quase) tudo que eu quero dizer no momento. Sim,porque eu preciso dizer e digo através do que escrevo. É minha catarse. Agora,não sei o que me levou ,na época a escrever um texto que se enquadrasse tão bem no momento de agora,parece que eu estava adivinhando uma coisa que eu nem pensava que ia acontecer...estranho.Mas a vida é assim mesmo,cheia de mistérios e é esse um dos motivos que a faz tão fascinante. Por isso,deletei o texto lá atrás  e repostarei aqui,agora (com  algumas modificações) pois é nesse momento que ele faz todo sentido...Aí vai ele:

 
CORAÇÃO DESERTO...ADEUS OÁSIS!

Estava uma noite fria,apesar de não estar assim tão fria…silêncio,pensamentos e sentimentos confusos...Era preciso tomar uma atitude...Quando veio a decisão : “desistir !” E veio forte,resoluta,intensa...apoiada em acontecimentos,fatos,evidências,experiências ...Mas nada como a inspiração e a intuição. E elas diziam claramente : “desista!”. O coração reforçava suas falas. Era isso mesmo. Outrora fizera a análise:qual é o drama na desistência,na renúncia?As pessoas normalmente a colocam numa forma como se fosse uma falta mortal,como se isso nos colocasse numa posição de derrotados... Porém já houvera concluído anteriormente :em algumas circunstâncias  renúncia é força,não fraqueza.Existem alguns momentos em que você precisa ser muito forte para desistir de algo ,de alguém,de um sentimento,de emoções...nem sempre é a escolha mais cômoda,nem a mais fácil ...é um ato de coragem.Pense bem : se aquilo não está  fazendo bem,porque não desistir? Se seguir em frente não vai  levar a um lugar muito legal,porque não voltar atrás ou escolher outro caminho,desistindo do que se está? Se  quando se está tentando,tem-se o vislumbre de que não vai dar em nada( em nenhum sentido) ou até pode causar transtorno,qual o problema em renunciar à  escolha inicial? Existe aquela velha premissa do “terminar tudo que se começa” ou “perseverar até o fim”. Sim,isso é muito bom,bonito e emocionante em alguns casos,mas em outros,definitivamente não! Então é melhor ficar “batendo com a cabeça” apegado a algo que  vê-se que não tem perspectivas favoráveis de mudança do que abdicar ou  deixar pra lá e deixar rolar? Claro que não ! Essa também seria uma opção plausível :   “deixar pra lá”. De repente flui. Se não fluir,pelo menos  não se sofre.Porém,especialmente nesse caso,dá pra ver que vai ser muito difícil “fluir”,pois existe muita resistência.Então,nesses casos,é melhor desistir mesmo... E aí e que vem a decisão a respeito da renúncia,da desistência,do abandono. Mas tem que ser de coração. Não pode ser fingido. Não pode ser da boca pra fora (logo porque muitas vezes  nem vai se falar nada,só agir...ou parar de agir...). Tem de ser algo pleno,para cumprir seu papel libertador e aliviante. O papel de liberar o sofrimento e a dor que podem surgir caso permaneçamos apegados. Desistir pode significar a morte de um sonho.Mas alguns sonhos merecem morrer.E a decisão era essa. De coração. Não valeria mais à pena tentar, nem investir em nenhuma estrada desse caminho. Todas estão obstruídas. A escolha principal é não sofrer. Desde o início,bem que houve freios,foi tudo bem devagar sem chegar a ir muito adiante,justamente para ver em que terreno se estava pisando... O terreno apresentava-se florido, arejado com uma leve brisa,com águas cristalinas, relva  verde com gotas de orvalho ao amanhecer,arco-íris após a chuva que( servia para desabrochar mais flores),céu límpido...mostrava-se favorável e amigável (e não que  não fosse  sabido que algumas vezes o tempo iria estar nublado,os galhos secos,ventania...tudo bem,isso é normal!)... O terreno era encantador...O magnetismo era incrível...Amá-lo e desejá-lo foi inevitável...Mas existe o desencantar e o processo de “desamar”. A verdade veio enfim à tona. Se apresenta assim,mas não se deixou usufruir,nem de um jeito nem de outro. Isso ficou subentendido.É um terreno perigoso. Poderia ser uma espécie de oásis?Durante longo tempo foi definido como se fosse.Mas quem sabe é só uma miragem? Talvez eu o tenha idealizado um pouco... Não se sabe, e é melhor nem querer mais saber e não insistir em adentrar nesse terreno. Ir embora. Difícil? Sempre é um pouco difícil,mas até que nem tanto,pois houve a conscientização a tempo , a atenção aos sinais e...a decepção.No fundo,ela bem que ajuda. Destrói qualquer esperança e qualquer  perspectiva de que daria pra continuar pelo menos como estava.Existem muitos outros ótimos terrenos por aí, e em algum especial pode-se entrar em segurança e ser bem recebida. A decisão da cabeça e do  coração  coube em si.Não foi preciso a chuva. Não transbordou nem inundou  o rio desse terreno,que  está cada vez mais  distante,seguindo seu rumo,matando inspirações afogadas e fazendo  flores murcharem. É duro,pois foi intenso como nunca foi imaginado que pudesse ser,mas foi extinto...pensei que fosse até levar ainda um tempo,mas  a decepção o precipitou. A decisão  tomada.aliou-se ao desencanto e o processo já aconteceu : acabou. Mesmo.  E que não se diga “que pena”...Encontre um bom explorador terreno,você tem potencial. Continuo desejando seu florescer. Despedidas sempre são tristes? É para apenas dizer ...adeus. Seja feliz!
 
“Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.” (Caio Fernando Abreu)

"Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais."
(Ana Jácomo)
  
“Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. “

(Fernando Pessoa)

"E é inútil procurar encurtar caminho e querer começar já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo de ir. A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes. A via-crucis não é um descaminho, é a passagem única, não se chega senão através dela e com ela. A insistência é o... nosso esforço, a desistência é o prêmio. A este só se chega quando se experimentou o poder de construir, e, apesar do gosto de poder, prefere-se a desistência. A desistência tem que ser uma escolha. Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida. Desistir é o verdadeiro instante humano. E só esta, é a glória própria de minha condição. A desistência é uma revelação."

(Clarice Lispector)

 
“Acredito que a decepção, as vezes é uma bênção de Deus. É apenas Sua maneira de deixar com que eu perceba, que Ele me salvou de escolher o caminho errado.”
(Mariana Lobo)

 
“Insistir naquilo que já não existe é como calçar um sapato que não te cabe mais. Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então é melhor ficar descalço! Deixar livre o coração, enquanto vive. Deixar livre os pés, enquanto cresce. Porque quando a gente cresce, o número muda! Às vezes você tem que esquecer o que você quer para começar a entender o que você merece.”
(Autor Desconhecido)

 
“Quem cedo e bem aprende, tarde ou nunca esquece. Quem negligencia as manifestações de amizade, acaba por perder esse sentimento.”
(Shakespeare)

 
 “O guerreiro da luz sabe que as batalhas que travou no passado sempre terminaram por ensinar alguma coisa, e muitos desses ensinamentos fizeram o guerreiro sofrer além do necessário. Por isso o guerreiro da luz só arrisca seu coração por algo que realmente valha a pena".

(Paulo Coelho-Manual do Guerreiro da Luz)


domingo, 12 de agosto de 2012

SENTIMENTO PRATEADO


Tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo...algumas nem vou citar mas outras não poderia deixar de comentar,como o dia dos pais e o final das olimpíadas de Londres que coincidem no mesmo dia. Gostaria muito mesmo de dizer “feliz dia dos pais” ao meu pai,mas nesse plano isso não é mais possível,porém,espiritualmente o é ,e como acredito que somos muito mais do que isso aqui que nos apresentamos fisicamente,sei que ele receberá minha saudações onde quer que esteja...
 Assim como comentei por ocasião do dia das mães,o mesmo digo com relação aos pais : não são todos pais que gostam de seu filhos. Não são todos os pais que são “heróis” aos olhos de seus rebentos;não são todos os pais que são verdadeiramente pais(biológicos ou não...) .Mas só falo isso para compactuar com a verdade e não viver de ilusões tolas que as tradições insistem em nos empurrar “goela abaixo”. Porém,em sua maioria,os pais amam seus filhos e procuram fazer e dar o seu melhor,mesmo que isso que cometam muitos erros (e certamente vão cometer,são humanos!),mesmo que façam e ofereçam não seja o melhor afinal e em alguns casos,esteja bem longe disso. Os pais,normalmente,no que diz respeito aos filhos,são colocados em “segundo plano” quando comparados às mães. Talvez porque eles mesmos se coloquem assim e deleguem a responsabilidade da educação e criação dos filhos somente à mulher...Fruto da sociedade machista que via o homem somente como “provedor” e aqueles que “ajudavam” com as crias eram considerados “bonzinhos” por estarem colaborando com algo que na verdade também seria de sua obrigação...Porém,já faz tempo que isso está se modificando,justamente por conta do comportamento dos pais que também está mudando. A grande maioria já se deu conta se seu verdadeiro lugar na família e no que diz respeito à participação e envolvimento da educação e formação dos filhos.Estão mais próximos,mais participativos. O modelo antigo e antiquado do pai distante,tirano e de difícil trato já caiu em desuso,embora ainda existam muitos exemplares,infelizmente...O que os homens deveriam conscientizar-se é que a paternidade também é importante. É fundamental para um filho o amor , carinho e apoio do pai e quando não o tem isso faz um falta terrível...
Mas o que isso pode ter a ver com as olimpíadas ? Poderia não ter nada a ver,afinal. Apenas a simples coincidência do dia dos pais cair bem no dia do último dia dos jogos olímpicos de 2012. Porém,estava pensando numa coisa...Na medalha de prata. Sim,coisa estranha é esse sentimento que traz a medalha de prata,porque a sensação não é que você a ganhou,mas sim que perdeu o ouro ! Percebe-se então no pódio a alegria dos medalhistas de ouro (os vencedores) e dos de bronze (ganharam de alguém pra chegar ao terceiro lugar) e a tristeza daqueles que ficaram com a prata.Eles perderam para ganhar a medalha. A mesma sensação tenho dos pais,pelo menos sua grande maioria. Eles parecem medalhistas de prata. Parece que o ouro é sempre da mãe. Ela está sempre lá,no ponto mais alto do pódio. Primeiro pelo fato de ser quem gerou (ou pelo menos quem PODE gerar),segundo por ser aquela a quem todos atribuem ser a que tem mais capacidade de cuidar, criar,nutir,formar,educar...Bom,vamos analisar em partes...primeiramente, a prata,ou seja,o segundo lugar, tem todo seu valor. No caso dos esportes,quem ficou com a prata também chegou numa final...é um dos melhores ! Mas alguém tem que ganhar ! O que não significa que o outro seja ruim,ou incapaz...nada disso ! E sob outro aspecto,se você ganha a prata hoje,você pode ganhar o ouro amanhã ! Aquilo não é permanente ! Mesma coisa com relação aos pais...o elemento gerador de vida que pertence às mulheres realmente tem um enorm e peso,mas isso não significa que ele devem se diminuir por isso. A mulher gerar não significa que ela vá amar mais nem que tenha a capacidade maior de cuidar ,criar...Em muitos casos,o pai merece muito mais a medalha de ouro do que a mãe (que à vezes nem merece medalha nenhuma!). E quando o pai realmente fica com a prata,ok,tem seu valor e MUITO valor.Foi uma analogia um tanto louca ,mas espero ter-me feito entender... Não entendo realmente essa cultura de não valorizar o segundo lugar,até porque o primeiro só tem valor pelo fato do segundo existir... O que dá “peso “ à vitória do primeiro colocados são os que vem em seguida,o segundo,o terceiro... Senão não teria graça,senão perderia o sentido...Então,para encerrar,sendo ouro,prata ou bronze,ou tendo apenas participado (e esse “apenas” não que dizer pouca coisa),saudações a todos atletas que fizeram parte desses jogos olímpicos,assim como as comissões técnicas, a organização e tudo mais. E um FELIZ DIA DOS PAIS não só para meu pai mas para todos que são papais de verdade,grandes amigos e companheiros de seus filhos,que sentem isso em seus corações,igualmente independente de serem ouro ,prata ou até bronze...



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ESSÊNCIA GLORIOSA


Na qualidade de ser uma pessoa que sempre foi apaixonada por esportes,nesse período em que acontecem os jogos olímpicos é,para mim,uma das melhores fases. Pena que só acontecem de 4 em 4 anos. Isso,por um lado ...por outro isso é bom,primeiro que esse intervalo que é o chamado “ciclo olímpico” é importante para que os atletas preparem-se melhor e para que haja o surgimento de outros ;para que algumas regras sejam reavaliadas e tantas outras coisas mais. E também ,talvez essa espera mais longa é que faça com que os jogos sejam tão emocionantes e que os aficionados por esportes fiquem tão ávidos para sua chegada.”Longa”? Nem tanto...parece que foi ontem que estava em 2008  assistindo ao encerramento das olimpíadas de Pequim e pensando: “agora só em 2012,Londres”. E num piscar de olhos,taí... Quando tudo começa,além do esporte em si,é simplesmente deslumbrante e adorável assistir a diversidade( cada vez maior ) que é uma das características desse evento : é uma grande mistura de povos,pátrias,raças,idiomas,credos,cores,culturas,idades,sorrisos,vibrações,demonstrações de sentimentos variados diante de vitórias e derrotas...isso é emocionante. Se bem que,sem querer parecer clichê,todos os que participam de uma olimpíada podem-se considerar de antemão vitoriosos.Os atletas esforçam-se para chegar às competições olímpicas em busca do ouro...ou prata ou bronze. Porém a verdadeira medalha eles já possuem,pois a eles é inerente : está no lado esquerdo de seu peito,pulsando mais intensamente pelo fato de estarem ali.O que pode lhes tirar os méritos não é a derrota em suas respectivas modalidades,mas sim atitudes anti desportivas,preconceituosas,discriminatórias e coisas do nível...Vale à pena é ver o contrário,que ainda bem,é maioria : solidariedade,união,respeito e uma série de outros valores que pode-se aprender com o esporte e essa é uma das razões pelas quais ele deve ser cada vez mais valorizado e incluído como parte de uma educação formadora de indivíduos,não só mais qualificados,mas melhores em termos de humanidade  e que estão conscientes de seu valor e de que podem ir longe pois são capazes,confiando em suas habilidades e ,podendo assim,serem grandes vencedores se assim desejarem,não somente no âmbito do triunfo perante um adversário,mas também e principalmente sobre si mesmo. E falando sobre isso, é impressionante ver nos jogos olímpicos,cada vez mais atletas superando seus supostos limites físicos...digo ‘supostos’,porque afinal eles não eram bem físicos.Deixaram de ser quando a mente decidiu ultrapassá-los . Isso é realmente impressionante de ver e são grandes exemplos não só para outros esportistas para  qualquer pessoa. Outro aspecto importante que pode-se observar assistindo as Olimpíadas é poder  ter a comprovação de que realmente, "a única certeza é de que tudo é incerto"...De um segundo pra outro tudo pode mudar. Num instante você está ganhando e numa fração ínfima de tempo você pode passar a estar perdendo ou vice-versa. E assim é a vida...só nos resta aprender a lidar com isso da melhor maneira possível. Grandes lições pode-se tirar de tudo...Portanto ,na minha opinião,os jogos olímpicos é muito mais do que apenas um grande evento esportivo. É ,igualmente, uma grande oportunidade  para que analisemos inúmeros aspectos da vida como determinação,superação,interação , inclusão ,entre outros. O chato é que acaba tão rápido e como comentei no início,quando nos dermos conta já estaremos na próxima olimpíada,que  será aqui no Rio.Isso é um fato gerador de muita polêmica...Não sou “despolitizada”...tenho minhas próprias opiniões,mas determinados assuntos esgotam-se em si. São extenuantes e exaustivos e discuti-los  só levam a nos exaurir e criar discórdias. O fato é : os jogos olímpicos serão aqui e já que é assim,prefiro ver pelo lado bom,por uma ótica mais otimista.Simples. Vai ser no mínimo interessante e porque não dizer fascinante,ver tudo isso de perto e sentir a atmosfera envolvente que esse tipo de evento proporciona. Transtornos ? Eles podem ocorrer sim (e já estão ocorrendo...),porém o que é mais importante é o que isso traz de retorno. E tenho certeza,temos muito a ganhar com tudo isso... Afinal,como disse o Barão de Coubertin (fundador dos jogos olímpicos da era moderna): “o importante não é vencer,mas competir. E com dignidade” e quem diz que isso é frase de perdedor é porque nunca soube verdadeiramente o que é “ganhar”...

 
“Nem todos que tentaram conseguiram. Mas todos que conseguiram,foram porque tentaram !” (autor desconhecido)
“Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam.”(Antoine de Saint Exupéry)

“Perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem mais se atreve…e a vida é muito para ser insignificante” (Charles Chaplin)

“Existem algumas derrotas mais triunfantes que vitórias”(Michel de Montaigne)

“A vitória sobre si mesmo é a maior de todas as vitórias “ (Buda)
 
“Não confunda derrotas com fracasso nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitórias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.” (Roberto Shinyashiki)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CASTELO FORTALEZA OU CASTELO DE AREIA ?


Dias especiais existem ! Porque existem pessoas especiais,momentos especiais...Eu não tenho medo nem vergonha dos meus sentimentos. Eu os assumo e os vivo.Não teria propósito ser de outro modo.Sempre fui honesta comigo mesma e,consequentemente com os demais. Consigo ter a ousadia de dizer o que penso e sinto em relação a alguém independentemente do que pensem e sintam a meu respeito.Estou tranquila. Pois em todo tempo,tento fazer o meu melhor,dar o melhor de mim. E estou satisfeita com os resultados que estou alcançando. Isso não significa que eu sempre tenho conseguido exatamente o que quero,nem que eu vá ficar estagnada nem caia numa acomodação conformista .Não! Eu vou é buscar mais,vou me aprimorar mais,mas sempre na medida que achar que é a melhor. Se achar que devo ultrapassar meus limites,vou ultrapassá-los,caso contrário,vou ficar dentro deles. Agora ,se estou agradando ou desagradando,não sei e há muito tempo, cansei de querer saber...A gente nunca agrada a todos mesmo... Não piso,sacaneio ou tento passar ninguém pra trás. Quanto a isso,tenho a consciência limpa. Agora,se sem querer aborreci ou chateei alguém,não foi de caso pensado,portanto,desculpa-me mas não posso fazer nada... A gente é responsável pelo que diz,não pelo que os outros vão interpretar sobre isso. Respeito muito os pensamentos,as ideias ,ideais e sentimentos dos outros,mas também respeito os meus,luto por eles e os faço valer. Se isso descontenta,é uma lástima,mas não vou mudar por nada nem por ninguém,mas somente quando eu decidir e achar melhor. Quando sinto algo “engasgado” preciso colocar pra fora,desabafar,me expressar. Se ferir ou incomodar alguém,só lamento,não foi minha intenção...E não me arrependo de nada....Muitas vezes a gente fala  certas coisas já sabendo que corre o risco de que a mudança que advém disso não seja das mais favoráveis,apesar das delicadas(compreensivelmente)promessas contrárias  de manter o que é complicado(mas completamente possível) ser mantido...Porém nunca sabemos de que forma essa mudança vai ocorrer e a roupagem que ela vai utilizar para se manifestar. E apesar de saber de tudo isso,é uma pena...mas fazer o quê? Aceitar...Muitas pessoas veem a “aceitação” com olhos equivocados. Ela não é o desistir por sentir-se derrotado e deixar pra lá e pronto. Nada disso. É simplesmente usar a não resistência. Permitir ser como é. Harmonizar-se. Pra que insistir em algo que oferece tanta resistência? Não faz sentido. Deixar ir...que outras muitas possibilidades e novidades ainda se apresentarão pelo caminho afora...É especial ? Ok,não vai deixar de ser de uma hora pra outra,mas no tempo certo,vai sim. Desapegar-se.Isso é atitude de aceitação. Não só da situação,da pessoa,ou seja lá do que for,mas também de si mesmo que, afinal, é o que há de mais importante nisso tudo. Hoje,por exemplo, é um dia muito especial para mim. Mas porventura,não tenha mais propósito continuar sendo. Eu tentei. Fui corajosa,fui intrépida. Como já citado,fiz o meu melhor. E qual é o meu melhor? Ser eu mesma. Sinceramente , verdadeiramente e honestamente. Se isso não basta não há mais nada que se possa fazer. Nunca esperei retribuição,mas esperava continuar prosperar no que já estava construído. A gente se engana,apesar dos também já citados riscos que sabe-se que se corre tomando certas decisões e certas atitudes. E quando sente-se que tudo oferece possibilidades de ruir,é melhor retirar-se. Aos poucos,sem alarde,devagar. Talvez não estivesse nada construído como pensei,tamanha aparenta a fragilidade que permite tudo possa vir a desmoronar . Obviamente é melhor dar tempo ao tempo e analisar toda situação  com mais calma. Mas o que sei é que não vale apena atribuir valor quando não se é valorizada...Se a análise do que está acontecendo provar isto,realmente é melhor afastar-se.Sentir-se triste é normal,mas depois passa...Mas ainda tenho esperanças de ser só impressão errada,de ser só um equívoco... Se fores  como um castelo de uma sólida construção,cuidemos para que nunca vire ruínas e até venha a ser tombado pelo patrimônio...Façamos dele uma fortaleza,mas que não seja trancado,fechado em seu esplendor para perder-se. Que tenha salões para festas...E que  tenha altas torres que possam ser apreciadas mesmo ao longe. Caso sejas um castelo de areia,de qualquer maneira continuo afirmando :como eu gosto de você,adoro apreciar-te...foi muito agradável e prazeroso quando foi moldado,quando foi tomando uma forma.Ficou realmente lindo. Porém, farei  chover sobre ti para desmanchar de vez. É a ajuda que eu posso dar,além de só te contemplar apenas,numa praia distante... 

 
“(...)A alegria da vida advém da liberdade de nos expressarmos,de corrermos riscos e de defendermos aquilo que acreditamos e sentimos.Nem todo mundo vai gostar de você,mas você pode gostar de quem você é(...)
(...)Esse tipo de sinceridade requer um pouco de coragem e é parte do esforço que fazemos para nos tornarmos completamente humanos.Ser sinceros nos permite ver dentro de nós mesmos(...)”
(Andrew Matthews)

“Até onde posso,vou deixando o melhor de mim...Se alguém não viu foi porque não me sentiu com o coração”
(Autor Desconhecido)

“Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas” (Clarice Lispector)
"Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quemsabe viajar para dentro do seu próprio ser. Ser feliz é deixar de ser
vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida.Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um ´não´. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e
ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro
de cada um de nós. É ter maturidade para falar ´eu errei´. É ter ousadia para dizer ´me perdoe´. É ter sensibilidade para expressar ´eu preciso de você´. É ter capacidade de dizer ´eu te amo´. Minha vida é um canteiro de oportunidades. Nas primaveras eu sou amante da alegria.Nos invernos eu sou amigo da sabedoria.
E quando eu erro um caminho, começo tudo de novo!"
(Augusto Cury)