domingo, 11 de dezembro de 2011

GOODBYE YELLOW BRICK ROAD...

"So goodbye yellow brick road, 
Where the dogs of society howl"
(Elton Jonh)

Sempre acreditei que o caminho é a gente que faz.Sempre concordei com essa premissa da antiga sabedoria oriental.Nunca acreditei que o caminho está pronto e é só você seguir. O meu maior erro,porém,foi achar que depois que descobrimos um caminho é aquele que devemos seguir.Não que isso seja uma afirmação equivocada,ou que não possa ser assim.Pode. Mas também existe a possibilidade de abandonar esse caminho e tantos quantos forem necessários se outras possibilidades melhores vislumbrarem-se à nossa frente.Aí é que entra a questão do desapego. E nunca estive tão certa do quanto ele é necessário.Praticá-lo no início,pode doer um pouco...mas conforme você vai percebendo do bem que ele pode trazer,você vê que ele vem a evitar ou amenizar a dor. E nos ajudar a trilhar melhor nossos futuros caminhos.É o princípio da Impermanência .As coisas são e estão assim agora. No instante seguinte elas mudam. O jeito é dançar conforme a música,acompanhar o fluxo das águas,a direção do vento.Ser apenas uma marionete?Ao contrário. A questão não é perder a identidade ou desistir dos mais caros sonhos.É se deixar levar,sem deixar de ser quem se é,se bem que isso também muda constantemente. Acabou, acabou! Simples assim. Coisas novas virão. Uma etapa se encerrou.Muitas vezes incomoda um tanto e pode ser até meio sofrido,mas é normal,é preciso aceitar e há um motivo pra isso. As sementes viram plantas,florescem,secam,murcham...nascem outras.A noite cai,mas logo vai amanhecer.A maré enche mas volta a esvaziar. O Sol nasce e volta a se pôr.A vida é assim,está em constante movimento. Tudo muda,tudo se transforma,tudo se recicla.Quem melhor consegue se adaptar às situações,tem mais chances de conseguir o que quer e de fazer de sua vida uma aventura inesquecível...

“Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum
– para si mesmo ou para os outros – abandoná-lo quando assim  ordena
seu coração. (...) Olhe cada  caminho com cuidado e  atenção.   Tente-o
tantas  vezes  quantas  julgar  necessárias...  Então ,faça  a  si  mesmo  e
apenas a si mesmo  uma  pergunta : possui esse  caminho  um  coração?
Em caso afirmativo,o caminho é  bom . Caso  contrário , esse  caminho
não possui importância alguma.”
(Carlos Castañeda,The Teachings of Don Juan)


(...)
Tudo que viceja
Também pode agonizar
E perder seu brilho
Em poucas semanas
E não podemos evitar
Que a vida trabalhe
Com o seu relógio invisível
Tirando o tempo de tudo
Que é perecível...

É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...

Tudo que morre
Fica vivo na lembrança
Como é difícil viver
Carregando um cemitério na cabeça
Mas antes que eu me esqueça
Antes que tudo se acabe
Eu preciso
Eu preciso, dizer a verdade...

É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
(Parte da letra da música "Impossível" do Biquini Cavadão)

3 comentários:

  1. eu li uma entrevista do bruno gouvea, dizendo q essa música era sobre morte, perda, pq na época eles tavam passando por isso, mas acabou virando uma balada...

    e é verdade... nossos caminhos, nós escolhemos, por mais q eu pense, não consigo achar melhor forma de dizer do q... "meu caminho é cada manhã", acho q foi um dos poucos momentos do capital de gde lucidez... mas sim, independente do caminho q escolhemos, é nossa escolha, e cada aventura a ser vivida e relembrada é por nossa conta... MUTO BOM!!!!

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  2. Valeu.Mas quanto à música...aqui recorri a ela para falar de morte,perda...exatamente isso.

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  3. A criatura pode até ser biruta, mas sabe muito bem o que faz! Parabéns pelo blog, muito maneiro! Muitos beijors pra vc!

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